Viro as costas ao problema.
Viro o rosto para o lado.
Viro a minha mente em certezas,
Onde a certeza era estar errado...
Não quero ouvir aquilo que era tão certo…
Não quero ver o que estava à minha frente
É pelo medo que estou coberto,
É ele que me bloqueia a mente…
Salto a página do jornal,
Sem olhar para o que se anda a passar.
Salto a página do jornal,
“Não vais poder ajudar…”
É mais fácil ignorar,
Do que jogar a mão!
O difícil é aguentar,
Sem dar ouvidos ao coração…
Mas não há nada a temer!
Não pode haver nada que faça parar!
Esta vontade de querer
De querer ajudar!
Mas não há nada a temer!
Ignorar os factos não é solução!
Parar é morrer
Esta guerra, não quero perder
Porque o mundo é uma nação!
O que sofre quer ser ajudado.
As imagens falam por si!...
É mais fácil passar ao lado,
Fingir que não se está interessado,
Enquanto ganhas o teu ducado,
Do que pensar: “se eu estivesse ali?”
Não vou mais virar a cara!
Não vou ser fruto da sociedade!
Que só no seu umbigo repara,
E que grita Che-Guevara,
Porque é moda da idade!
Propaganda de ideais…
Que não passam da vontade…
Quando morre mais e mais,
Ninguém ouve os seus ais,
Ao gritar por Liberdade!
Mas não há nada a temer!
Não pode haver nada que faça parar!
Esta vontade de querer
De querer ajudar!
Mas não há nada a temer!
Ignorar os factos não é solução!
Parar é morrer
Esta guerra, não quero perder
Porque o mundo é uma nação!
Letra: Renato Machado
